segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Independência dos Estados Unidos (4 de julho de 1776)

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Introdução


Antes de se tornar independente, os EUA eram formados por 13 colônias controladas pela metrópole, Inglaterra. No contexto histórico do século XVIII, estas colônias eram usadas pelos ingleses com fins lucrativos para obter recursos minerais e vegetais inexistentes na Europa. Também era muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.
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Início

Constituição dos Estados Unidos

Para o melhor entendimento do processo de independência norte-americano, é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. A região passou a ser colonizada a partir do século XVII. A colônia sofreu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:

-Colônias do Norte: região foi colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Desembarcaram na América do Norte com intuito de transformar a região em um próspero lugar para habitação de suas famílias. Conhecida também como Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características: economia baseada no comércio, mão-de-obra-livre, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.

-Colônias do Sul: sofreram uma colonização de exploração, as colônias como Virgínia, Carolina do Norte, Geórgia e Carolina do Sul. Era obrigado a seguir o Pacto Colonial. Baseavam-se na monocultura, mão-de-obra-escrava, produção para a exportação para a metrópole e latifúndio.
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Desenvolvimento

Acontecimentos durante a colonização dos EUA, que revoltaram as treze colônias

.Guerra dos Sete Anos


Foi um conflito entre Inglaterra e França, entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela conquista dos territórios da América do Norte, a qual a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole decidiu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do Norte. Devido ao aumento dos impostos e taxas metropolitanas, os colonos fizeram manifestações e protestos contra a Inglaterra.

. Lei do Selo

Todos os documentos oficiais que passassem nas colônias exceto livros e jornais deveriam conter selos comprados da metrópole.

. Lei do Açúcar

Foi aprovada em cinco de abril de 1764 pelo Parlamento inglês. Substituindo a Lei do Melado, de 1733, tinha como objetivo por um fim no contrabando e de proteger os agricultores ingleses radicados nas Antilhas. Ela taxava o açúcar que entrava nos Estados Unidos da América e que não fosse comprado das Antilhas inglesas. Sendo matéria-prima do rum, e este por sua vez, juntamente com o tabaco eram utilizados pelos colonos para comprar escravos da África, lei que desagradou muitos os habitantes da então colônia inglesa.

. Festa do Chá de Boston

O governo inglês, para favorecer a decadente Companhia das Índias Orientais, que estava à beira da falência, concedeu-lhe o monopólio da venda do chá para as colônias americanas. Disfarçando-lhes de índios, os colonos jogaram ao mar o carregamento de chá trazido pela Companhia das Índias Orientais, cujo preço baixo arruinaria os comerciantes locais, que se abasteciam em outras passagens.
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Final

Primeiro Congresso da Filadélfia

Os colonos do norte decidiram promover, em 1774, um congresso para tomarem medidas em relação a tudo o que está acontecendo. Ele não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam maior participação na vida política da colônia e o fim das medidas restritivas.

Porém, o rei inglês George III recusa as propostas do Congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas restritivas e controladoras como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma delas, conhecida como Lei do Aquartelamento, que dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, o que influenciou bruscamente no processo de independência.

Segunda Congresso da Filadélfia


Em 1776, os colonos reuniram-se no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o Congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, terminou com a vitória dos Estados Unidos que tiveram apoio da França e da Espanha.

Constituição dos Estados Unidos

Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos que teve fortes influências e características iluministas. Garantia a propriedade privada, manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa, defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.

Fonte: (Sua pesquisa/ Google Imagens/ Wikipédia).
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Independência do Brasil (7 de setembro de 1822)

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Introdução

Bandeira do Brasil Império: Primeira bandeira brasileira após a independência

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Houve inúmeras tentativas anteriores e muitas pessoas morreram defendendo esse ideal. O caso mais conhecido foi o de: Tiradentes, ele foi assassinado pela Coroa Portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira (1789).
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Início

Dia do Fico

Em nove de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta da corte Lisboa, exigindo sua volta para Portugal. Os portugueses insistiam nesta ideia há tempos, pois pretendiam recolonizar o Brasil mais a presença de D Pedro os impedia. Porém, D. Pedro nega os chamados de Portugal e proclamou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".
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Desenvolvimento e Fim

O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que descontentaram a metrópole, pois abriam caminho para a Independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a retornarem para o seu reino. Pois em prática também que nenhuma lei de Portugal seria posta em vigor sem o "cumpra-se", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro Imperador do Brasil, chamava o povo a lutar pela independência.

Devido à preocupação de setores da sociedade com os últimos acontecimentos, o príncipe faz uma rápida viagem a Minas Gerais e São Paulo para acalmá-los. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a sua volta imediata para a metrópole.

Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando o mesmo estava em viagem de Santos a São Paulo. Próximo ao Riacho do Ipiranga levantou a espada e gritou “Independência ou Morte!”. Este fato, ocorrido no dia 7 de setembro de 1822 foi o que marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado Imperador do Brasil.

Falando sua famosa frase: "Independência ou Morte"
Independência ou Morte: 7 de setembro de 1822 - quadro de Pedro Américo
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Período Pós Independência

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram Estados Unidos e México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de dois milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem esta quantia, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.

Mesmo sendo de grande valor, este fato histórico não provocou abalos à estrutura social do Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda permaneceu desigual. Somente a elite agrária, que deu suporte a D. Pedro, saiu beneficiada.

Fonte: (Sua pesquisa/ Google Imagens/ Wikipédia).
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ditadura Militar no Brasil (1964-1985)

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Introdução


Pode-se definir a Ditadura Militar, como sendo um período da política brasileira no qual os militares governavam o Brasil. Caracteriza-se pela supressão de direitos constitucionais, falta de democracia, censura, perseguição política e aos que eram contra o regime militar.
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Início

O golpe militar de 1964

A crise política arrastava-se desde a renuncia de Jânio Quadros em 1961. Seu vice João Goulart, assume a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1965) foi marcado pela abertura as organizações sociais. Estudantes, organização populares e ganhou espaço, o que causou a preocupação das classes conservadores como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Havia o medo que o Brasil cai-se para o lado socialista. Lembrando que, neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.

Este estilo populista e de esquerda, gerou preocupações até nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe socialista.

Partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil passava.

No dia 13 de março de 1964, João Goulart realizava um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), no qual defendia as reformas de Base. Neste plano, Jango prometia reformas radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Porém, seis dias depois, dia 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, onde reuniu milhares de pessoas nas ruas do centro da cidade de São Paulo.

Devido ao crescimento das tensões políticas e sociais a cada dia. No dia 31 de março de 1964, saem às ruas tropas de Minas Gerais e São Paulo. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em nove de abril, é decretado o Ato Institucional Número (AI-1). Este cassa mandatos políticos de 
opositores ao regime militar e tira a estabilidade funcionários públicos.

Governo Castelo Branco (1964-1967)

Castelo Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional da República em 15 de abril de 1964. Em seu discurso, declarou defender a democracia, porém logo ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.


Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Inúmeros parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos sofreram intervenção militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só foi autorizado o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Embora o primeiro seja de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.

Em janeiro de 1967, o governo militar impõe uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

Governo Costa e Silva (1967-1969)



Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Tem como marca seu governo, protestos e manifestações sociais. Cresce no país, a oposição ao regime militar. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.

Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greve de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. Começam a se organizar a guerrilha urbana. Formadas por jovens idealistas de esquerda, sequestram embaixadores e assaltam bancos para obter fundos para o movimento de oposição armada.

No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional número 5 (AI-5). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
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Desenvolvimento

Governo da Junta Militar (31/08/1969-30/10/1969)

Por estar doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).

O MR-8 e ALN, dois grupos de esquerda sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, revolucionária ou subversiva".

No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.

Governo Médici (1969-1974)


Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como “anos de chumbo". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artísticas são censurados. Muitos políticos, músicos, professores, escritores e artistas são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.

Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do 
Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico

O pais crescia rapidamente na área econômica. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido como a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, porém a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infraestrutura. Todos esses investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, que são consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói.

Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Todos aqueles empréstimos estrangeiros geraram uma divida externa altíssima para os padrões econômicos do Brasil.
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Final

Governo Geisel (1974-1979)

Assume a presidência em 1974, o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.

Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog é assassinado nas dependências do DOI-CODI em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante. Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

Governo Figueiredo (1979-1985)

Com a vitória do MDB nas eleições em 1978, começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei de Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. São colocadas em órgãos da imprensa e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Cartas-Bomba. No dia 30 de abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.

Em 1979, o governo aprova a lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA passa a ser PDS, enquanto MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já

O Brasil apresenta vários problemas nos últimos anos do governo militar. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e como fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática - o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves acaba ficando doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A qual apaga os rastros da ditadura militar e estabelece princípios democráticos no país.

Fonte: (Sua pesquisa/ Google Imagens/ Wikipédia).
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