Guerra do Paraguai (1864-1870)

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Introdução

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A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul, entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Império do Brasil, Argentina e Uruguai.

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Início

O conflito teve origem devido a inúmeros motivos, porém, teve seu estopim quando o ditador Francisco Solano Lopes, do Paraguai, resolveu invadir e conquistar as regiões de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, pertencentes ao Império do Brasil e, conquistou também, a Província Corrientes, território da Argentina (1864-1865).

 

A invasão de Mato Grosso foi feita por duas colunas, a primeira, era composto por cinco mil soldados paraguaios, liderados pelo coronel Vicente Barros, que subiu o rio Paraguai e atacou o Forte de Nova Coimbra, houve a resistência da guarnição ali presente, entretanto, quando a munição se esgotou, os soldados recuaram para Corumbá. Assim, depois de tomar o forte e ocupá-lo por um breve período, os paraguaios vão rumo ao norte, conquistando em janeiro de 1865, as cidades de Albuquerque e Corumbá.

 

Já a segunda coluna, sendo integrada por quatro mil soldados e comandada pelo coronel Francisco Isidoro Resquin, invadiu por terra, um região mais ao sul de Mato Grosso, logo enviando um batalhão para atacar colônia fronteiriça de Dourados. Embora tenha encontrado brava resistência, por parte do tenente Antônio João Ribeiro e seus 16 soldados, não tiveram dificuldades em tomar Dourados. Assim, os paraguaios prosseguem para Nioaque e Miranda, tomando-as também, com a derrota do coronel José Dias da Silva.

O Império Brasileiro envia cerca de 27.800 homens, liderados pelo coronel Manuel Pedro Gago, eles partem de Uberaba, Minas Gerais, em abril de 1865, em direção a Coxim, porém, só conseguem chegar lá em dezembro do mesmo ano, quando os inimigos já partiram a muito.

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Desenvolvimento e Fim

Com isso, chama a atenção da Inglaterra, que se sente ameaçada pelo crescente poder do já citado anteriormente. Assim, para evitar que o Paraguai se torne um concorrente mercantil e, que os outros países latino-americanos não entrem na "onda" de expansionismo e autonomia financeira, a Inglaterra induziu o Império do Brasil, Argentina e Uruguai a declararem guerra contra o Paraguai, em troca de empréstimos e apoio militar.

Devido a isso, no dia 1 de maio de 1865, o Império do Brasil, Argentina e Uruguai selam um acordo de união, criando a Tríplice Aliança, tendo apoio direto da Inglaterra. 

 

Então, no dia 11 de junho de 1865, ocorreu uma das principais batalhas da guerra, a Batalha de Riachuelo. Batalha no qual o Império do Brasil saiu vitorioso, mudando drasticamente o cenário da guerra. Depois dessa vitória, o coronel Carlos de Morais Camisão assume o comando da coluna que marchou até Coxim, mesmo tendo sua frente reduzida a 1.680 soldados, em janeiro de 1867, conseguiu invadir o território paraguaio até Laguna, em abril. Porém, foi perseguido pela cavalaria inimiga, sendo obrigado a retirar-se, fato histórico que ficou conhecido como a Retirada de Laguna.

O coronel Camisão, junto do presidente da província, conseguem exercer forte resistência em Corumbá, libertando-a em junho de 1867. Entretanto, isso não foi suficiente para livrar a província do controle de Paraguai. Em janeiro de 1868, Caxias voltou a assumir o comando dos aliados, após Mitre ter retornado para a Argentina. No dia 19 de fevereiro de 1868, a esquadra imperial composta pelo capitão-de-mar-e-guerra Delfim Carlos de Carvalho, depois Barão da Passagem, tentou entrar na passagem de Humaitá. Foi só em abril de 1868, que os paraguaios retiraram-se de Corumbá, reagrupando-se na principal linha de frente, ao sul do Paraguai. Assim, a capital Assunção foi evacuada e logo ocupada pelas forças imperiais, comandadas pelo coronel Hermes Ernesto da Fonseca, em 1 de janeiro de 1869.

 

No decorrer do mês, Caxias entra na cidade com o restante do exército, todavia, é forçado a regressar para o Brasil, por complicações na saúde. Já na reta final da guerra, o genro de D. Pedro II, Luís Filipe de Gastão de Orléans, o Conde d'Eu, foi nomeado para comandar a fase final do conflito. Em agosto de 1869, a Tríplice Aliança instalou um governo provisório fantoche em Assunção, aliado aos contrários de Solano López. O mesmo, em um ato de desespero, tenta a qualquer custo manter a resistência, criando um pequeno exército de 5.000 homens, compostos de velhos, crianças e veteranos semi-inválidos. Exército esse, que está situado na aldeia de Ascurra-Caacupê-Períbebuí, junto a mais 36 canhões espalhados pela aldeia, sendo a mesma, a nova capital de Solano.

Assim, liderando uma frente de 12.000 homens, o Conde d'Eu inicia a campanha contra a resistência paraguaia, conhecida como a Campanha da Cordilheira, finalizada em 18 de agosto de 1869.

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Consequências 

Tríplice Aliança 

Império do Brasil: O Brasil contou com cerca de 160.000 homens; dos quais 50.000 morreram devido a batalhas e doenças e mais 1.000 inválidos. Exposição da fragilidade militar-estrutural do Império, desequilíbrio orçamentário e um gasto de 614 mil contos de réis no conflito.

Argentina: A Argentina contava com um efetivo de mais ou menos 30.000 homens; dos quais 18.000 morreram em combate e 12.000 civis morreram por doenças. Passou por inúmeras rebeliões federalistas contra o governo, por razões como o descontentamento da guerra, porém, foi beneficiada economicamente, pois abasteceu as tropas brasileiras.

Uruguai: O Uruguai contava apenas com cerca de 5.600 homens, dos quais 3.100 homens; assim como o seu contingente, suas perdas foram baixas comparadas aos demais combatentes.

 Paraguai

Paraguai: houve a destruição do estado existente, perda de territórios e ruína da economia paraguaia, ao ponto de que sua economia não é a mesma até os dias de hoje. O Paraguai contou com cerca de 150.000 homens e teve um total de vítimas que chegou a 300.000 pessoas.

(Fonte: Wikipédia / Google Imagens / Brasil Escola / Arquivos Pessoais)

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