sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Queda de Constantinopla (6 de abril a 29 de maio de 1453)


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Introdução

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Por funcionar como uma parte para as rotas comerciais que ligavam a Ásia e Europa, Constantinopla era uma das cidades mais importantes do mundo. Ainda tinha o principal porto nas rotas que iam e vinham do Mar Mediterrâneo e o Mar Negro. Porém, havia uma rixa entre as Igrejas Católica e Ortodoxa que manteve distante as nações ocidentais. Então, devido à ameaça turca, o Imperador João VIII Paleólogo promove um concilio em Ferrara, na Itália, que pôs fim a rixa entre as Igrejas Católica e Ortodoxa.

Assim, devido à morte de João VIII, em 1448, seu filho Constantino XI assume o poder no ano seguinte. Constantino era uma pessoa famosa, pois lutou na resistência bizantina no Peloponeso frente ao exército otomano, entretanto ele tinha os mesmos pensamentos de seu pai que era a conciliação entre as duas Igrejas. Resultando não só na desconfiança do Sultão Mura II (que via esse acordo como uma ameaça na intervenção das potências ocidentais na resistência a expansão da Europa), mas também do clero bizantino.
 
Porém, em 1451, Mura II morreu, levando seu jovem filho Maomé II ao trono. Que inicialmente já prometera não invadir o território bizantino. Tendo isso em mente, Constantino se sente confiante e no mesmo ano pede o pagamento de uma anuidade para a manutenção de um obscuro príncipe otomano, que era mantido refém em Constantinopla. 
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Início

Maomé II fica extremamente furioso, mais pelo ultraje do que pela ameaça de seu parente e faz os preparativos para o cerco de Constantinopla. Teve início, em seis de abril de 1453, quando o  poderoso (Grã Bombarda), um canhão de bronze de 8 metros de comprimento, pesando sete toneladas e podendo disparar balas de 550 quilos,  faz seu primeiro disparo contra o vale do Rio Lico. 


Até então, a muralha era invencível, porém não foi construída para suportar disparos de canhões. Os dois lados se preparavam para guerra. Por se aproximarem das nações católicas, os bizantinos enviaram mensageiros as nações ocidentais suplicando reforços e receberam promessas. Foram mandados, três navios genoveses contratados pelo Papa cheios de armas e provisões e o Papa também mandou o Cardeal Isidro, com 300 arqueiros napolitanos para sua guarda pessoal. Constantinopla recebeu também, cerca de 800 soldados e 15 navios com suprimentos dos venezianos e a ajuda de seus residentes venezianos na guerra. A capital bizantina contou também com o apoio dos cidadãos de Pera e dos genoveses renegados, que entre eles estava Giovanni Giustiniani Longo, que se encarregou das defesas da muralha do Leste e de 700 soldados. Foram também reunidos, tonéis de fogo grego, armas de fogo e todos os homens e jovens capazes de empunhar uma espada e um arco. Todavia, as forças bizantinas provavelmente não chegaram a sete mil soldados e 26 navios de guerra que estavam ancorados no Corno de Ouro.
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Desenvolvimento

 

Já os otomanos, por sua vez, iniciaram o cerco construindo rapidamente uma fortaleza a 10 km de Constantinopla. Maomé II, sabendo que suas investidas tiveram fracasso porque a cidade estava recebendo suprimentos pelo mar, fez um bloqueio nas duas entradas do Mar de Mármara, com uma fortaleza armada com três canhões no ponto mais estreito do Bósforo, e pelo menos 125 navios ocupando Dardanelos, o Mar de Mármara e o este do Bósforo.

Apesar de estarem em desvantagem, às forças bizantinas tiveram duas vitórias no início. Em 12 de abril, o almirante búlgaro Suleimã Baltoghlu, a serviço do sultão, tentou forçar a entrada pelo Corno de Ouro e foi repelido pelas forças bizantinas. Então, seis dias depois, Maomé II tentou um ataque à muralha danificada do Vale do Lico, porém não teve sucesso e foi derrotado por um contingente bem menor, entretanto bem mais armado de bizantinos, sob o comando de Giustiniani.

Em 20 de abril, são avistados pelos bizantinos os navios enviados pelo Papa e mais outro navio grego com grãos da Sicília, que atravessaram o bloqueio de Dardanelos, devido relocação dos navios para o Mar de Mármara que o sultão fez. Baltoghlu tentou interceptar os navios, porém, sua frota foi destruída por ataques de fogo grego que foi despejado sobre suas embarcações. Os navios tiveram sucesso chegando ao Corno de Ouro e Baltoghlu foi humilhado e dispensado por Maomé II.

Então, em 22 de abril, o sultão aplica um novo golpe estratégico sobre os bizantinos. Devido ao bloqueio que os impedia de entrar no Corno de Ouro, o sultão ordenou que fosse feito uma estrada de rolagem ao norte de Pera, para que seus navios fossem puxados por terra, contornando a barreira. Assim, os navios se posicionam em uma nova frente, fazendo com que os bizantinos não recebessem mais ajuda. Sem opção, os bizantinos resolvem contra-atacar, e em 28 de abril tentaram um ataque surpresa aos otomanos no Corno de Ouro, porém foram descobertos por espiões e executados. Devido a isso, os bizantinos decapitaram 260 otomanos que tinham como prisioneiros e jogaram seus corpos sobre as muralhas do porto.

 

Os bizantinos eram bombardeados diariamente em duas frentes e raramente eram atacados por soldados. O Sultão tenta em sete de maio, um novo ataque ao Vale do Lico, porém é novamente não obteve êxito. Então a noite, os otomanos construíram  uma torre de assédio, entretanto, os bizantinos a destruíram antes que fosse usada. Houve também, a tentativa de abrir túneis por baixo da muralha, porém os gregos cavaram do lado interno e os atacaram com água ou fogo.
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Final do Conflito

Todavia, a mão de obra estava sobrecarregada, os recursos escasseando e as tropas cansadas, e até o próprio Constantino XI coordenava as defesas, reanimava as tropas por toda a cidade e inspecionava as muralhas.

Porém, começa uma série de maus presságios e a resistência de Constantinopla começa a cair. Assim, na noite do dia 24 de maio, houve um eclipse lunar, relembrando os bizantinos quanto a uma velha profecia que a cidade só resistiria apenas se a Lua brilhasse no céu. No dia seguinte, durante uma procissão a estátua da Virgem Maria caiu no chão. Em seguida, caiu sobre a cidade uma forte tempestade de chuva e granizo inundando a cidade. Quanto ao reforço prometido pelos venezianos, não havia chego.

Os turcos também estavam em crise, devido ao custo de manter um exército de 100 mil soldados e os comentários feitos por oficiais sobre a ineficiência das estratégias do Sultão, até então. Assim, Maomé II se viu obrigado a lançar um último ultimato a Constantinopla: os cristãos seriam poupados se o Imperador Constantino XI Paleólogo entregasse a cidade. Maomé lhe ofereceu outra alternativa, prometendo levantar o cerco se ele pagasse um pesado tributo, porém, os cofres estavam vazios devido ao saque ocorrido durante na Quarta Cruzada e Constantino teve de recusar. 


Devido a isso, no dia 28 de maio, Maomé deixa suas tropas descansando o dia todo, para se prepararem para o ataque final no dia seguinte. Pela primeira vez em quase dois meses não se ouviu o barulho dos canhões e movimento das tropas. Assim, para quebrar o silêncio e levantar o moral para o momento decisivo, todas as igrejas de Constantinopla tocaram seus sinos durante todo o dia.

Então, na madrugada do dia 29 de maio, o Sultão lança um ataque total às muralhas, composto por prisioneiros e mercenários, focando-se o ataque no Vale do Lico. O batalhão superior dos mercenários foi repelido por duas horas pelos bizantinos, liderados por Giustiniani, equipados com melhores armas e armaduras e protegidos pelas muralhas. Porém estavam cansados e teriam que enfrentar o exército regular de 80 mil turcos. Continuou atacando por mais duas horas, todavia não conseguiram atravessar as muralhas.

Com isso, deu-se caminho ao canhão, que abriu uma brecha na muralha onde foi concentrado o ataque. O Sultão manda os janízaros, que escalaram a muralha através de escadas, porém, lutando a mais de 1 hora não haviam conseguido entrar na cidade. Devido aos ataques no Vale do Lico, os bizantinos deixaram o portão noroeste semiaberto e foi por lá que os turcos invadiram. Neste momento, o comandante Giustiniani foi ferido e retirado às pressas para um navio. Diz-se, que no último momento, Constantino XI Paleólogo empunhou sua espada e foi à luta, nunca mais foi visto.


Giustiniani viria a falecer devido aos ferimentos na ilha grega Quios, onde estavam ancorados os tão esperados navios venezianos a espera de ventos favoráveis.

(Fonte: / Históriadomundo / Google Imagens / Wikipédia)
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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Revolução Cubana (1956-1959)

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Introdução  

X

Cuba por ter sido colônia dos Estados Unidos no começo do século XX, era muito influenciada e dependente economicamente do mesmo. Situada a aproximadamente 100 km de Miami e tendo como base econômica indústrias de açúcar e muitos cassinos, boates, bordéis, hotéis etc., sendo a maioria deles de empresários estadunidenses, se tornou o "quintal" dos norte-americanos. 

Porém, todo esse luxo e lazer eram para a minoria. Já a maioria, (pobres) sofria de forte desigualdade social, (salários baixos, miséria, desemprego, falta de saúde e educação). Com isso, em 10 de março de 1952, Fulgêncio Batista tomou o poder com um golpe de estado aplicando um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos Estados Unidos.

Devido a isso, ocorrem inúmeras greves e protestos. Tendo início do proletariado que se aliava ao movimento estudantil, ganhando força. Então, em 26 de julho de 1953, as primeiras iniciativas sentidas foram os ataques e tentativas de tomada aos quartéis de Moncada e de Carlos Manoel de Céspedes. Entretanto, a ação foi um fracasso, resultando na morte de muitos combatentes, a maioria jovens estudantes e a prisão de muitos também. Entre eles, estava Fidel Alejandro Castro Cruz, que tinha acabado de se formar pela Universidade de Havana

Houve também, outros ataques isolados, que também não obtiveram sucesso. Enquanto isso, Fidel Castro é solto e exilado no México. Sendo lá, onde o mesmo se organizava e formava alianças, para que pudesse voltar e fazer uma verdadeira guerrilha. Fidel possuía muitos contatos, os quais o apoiaram quando em 1954, ele fundou o Movimento Revolucionário de 26 de Julho (M-26-7). Tendo sede no México, o mesmo planeja suas ações e tem casas e representantes, principalmente nos Estados Unidos, Cuba, e Guatemala.


Vivendo na clandestinidade, o M-26-7 tem em mente ambiciosos planos, porém, possui dificuldades maiores ainda. Entre elas, está à conciliação de egos e pensamentos diferentes, treinamento de soldados, obter recursos e pessoal, manter o grupo unificado e coeso e evitar espiões e traidores. 
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Início
Porém, num processo lento e duradouro, traçasse um plano: Penetrar com um foco guerrilheiro através das florestas ao sudoeste da ilha, aos pés da Sierra Maestra e espalhar a revolução, contando com o apoio popular e dos camponeses que "sobrevivem" miseravelmente"ali".

Então, em dois de dezembro de 1956, Fidel e "Che" Guevara lideram um grupo de 82 combatentes a bordo do iate Granma, vindo do México, que atraca no sudeste da ilha. Todavia, o iate Granma com seus 12 metros, 82 homens, armas, mantimentos e medicamentos encalham encalha, um tanto próximo da praia, o que fez com que os homens fossem a nado para praia já amanhecendo e levando tiros da guarda costeira cubana. Resultando na perda de armas, mantimentos, medicamentos e principalmente de pessoal, restando apenas 22 homens para a tão sonhada revolução.


Com isso, o grupo teve que praticamente recomeçar do zero, sobrevivendo e se reestruturando. Estando em território desconhecido, tiveram o apoio dos camponeses que os alimentavam e orientavam na floresta. Do outro lado, estava o governo que condenava a morte que fosse pega ajudando os rebeldes. Pois Fulgêncio pouco se importava com o motivo, ele se importava em espalhar que os rebeldes é que eram os bandidos e que a população não deveria se envolver com eles; assim, eram comuns os casos em que a pessoa acusava o vizinho devido a vinganças particulares, tais como questões pessoais e econômicas.

Assim, a M-26-7 teve que se apressar na busca por armas, dinheiro e pessoal. Utilizando uma comunicação através de rádio, conhecida como Rádio Bemba (Sistema de Rádio Rural), Fidel redigia artigos, assinava contratos e planejava táticas. 
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Desenvolvimento e Fim
Tendo em mente de que ainda eram muito fracos, os revolucionários sempre estavam em movimento, evitando o inimigo e fazendo emboscadas, utilizando o método de ataque "bate e corre". O que fez com que eles obtivessem sucesso causando certo dano e algumas vitórias parciais.


Vivendo no limite, passando inúmeras vezes fome, sem saber oque vai comer no dia seguinte, havia de tempos em tempos a abertura de permissões para aqueles que não suportando mais iriam desertar. Porém, quem deserda-se fora dessas concessões seria morto, pois sabia demais do Movimento. 

Crescendo e se fortalecendo, os rebeldes recebem o apoio dos guajiros, denominado o camponês; analfabeto e humilde, negro, mulato ou branco, chapéu de palha e pés descalços, que estavam insatisfeitos com a miséria que viviam e sabendo do real objetivo dos guerrilheiros, se juntavam a coluna ou guiavam-nos pelos caminhos perigosos. Então, qualquer espaço conquistado pelos rebeldes, era dividido entre os pobres e denominado Terra Livre

Devido ao seu crescimento, as colunas deixaram de pedir comida e abrigo para os camponeses e passaram a se instalar nas matas produzindo seu próprio alimento, artigos de couro para os soldados e um jornal da floresta, muito por iniciativa de Ernesto Guevara "Che". 

Em um período de dois anos, embora a maioria das vezes estivesse em desigualdade, os guerrilheiros foram empurrando as tropas inimigas para trais de suas linhas. Então, conforme o número de cidades dominadas pelos rebeldes crescia, os embates ficavam cada vez mais ferozes e violentos. Fulgêncio sabe que o cerco se fecha e que deveria tomar atitude imediata. A coluna de "Che" toma a segunda cidade e caminha para a capital, assim como a de Camilo Cienfuegos, personagem de extrema importância para a Revolução.


Torna-se evidente a vitória, quando rumo a capital os rebeldes abordaram e tomaram um trem blindado lotado de material bélico, última força de Fulgêncio contra os revolucionários. Devido à retirada das forças do governo, no dia 01/01/1959, o M-26-7 chegou enfim a capital Havana para a última batalha. O então presidente Fulgêncio Batista já havia fugido do pais com sua cúpula corrupta na madrugada anterior. A elite das forças armadas e a burguesia também já haviam abandonado o pais, sabendo disso, o povo pega em armas e entra em conflito com as últimas forças existentes e atiradores de elite.

As tropas rebeldes são recebidas como heróis na cidade. O personagem barbudo e malvestido já era conhecido pela população, durante os anos que durou a guerrilha. Foram valorizados a barba e o cabelo grande perante a TV e a moda em Cuba, nesses anos. Foi dado o nome de Fidel e Ernesto a muitas crianças.

(Fonte: Infoescola/Brasilescola/ Google Imagens)
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