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Introdução
X
Cuba por ter sido colônia dos Estados Unidos no começo do século XX, era
muito influenciada e dependente economicamente do mesmo. Situada a
aproximadamente 100 km de Miami e tendo como base econômica indústrias de
açúcar e muitos cassinos, boates, bordéis, hotéis etc., sendo a maioria deles
de empresários estadunidenses, se tornou o "quintal" dos
norte-americanos.
Porém, todo esse luxo e lazer eram para a minoria. Já a maioria,
(pobres) sofria de forte desigualdade social, (salários baixos, miséria, desemprego,
falta de saúde e educação). Com isso, em 10 de março de 1952, Fulgêncio
Batista tomou o poder com um golpe de estado aplicando um regime
ditatorial explicitamente apoiado pelos Estados Unidos.
Devido a isso, ocorrem inúmeras greves e protestos. Tendo início do
proletariado que se aliava ao movimento estudantil, ganhando força. Então, em
26 de julho de 1953, as primeiras iniciativas sentidas foram os ataques e
tentativas de tomada aos quartéis de Moncada e de Carlos
Manoel de Céspedes. Entretanto, a ação foi um fracasso, resultando na morte
de muitos combatentes, a maioria jovens estudantes e a prisão de muitos também.
Entre eles, estava Fidel Alejandro Castro Cruz, que tinha acabado
de se formar pela Universidade de Havana.
Houve também, outros ataques isolados, que também não obtiveram sucesso.
Enquanto isso, Fidel Castro é solto e exilado no México. Sendo lá, onde o mesmo
se organizava e formava alianças, para que pudesse voltar e fazer uma
verdadeira guerrilha. Fidel possuía muitos contatos, os quais o apoiaram quando
em 1954, ele fundou o Movimento Revolucionário de 26 de Julho (M-26-7).
Tendo sede no México, o mesmo planeja suas ações e tem casas e representantes,
principalmente nos Estados Unidos, Cuba, e Guatemala.
Vivendo na clandestinidade, o M-26-7 tem em mente ambiciosos planos,
porém, possui dificuldades maiores ainda. Entre elas, está à conciliação de
egos e pensamentos diferentes, treinamento de soldados, obter recursos e
pessoal, manter o grupo unificado e coeso e evitar espiões e traidores.
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Início
Porém, num processo lento e duradouro, traçasse um plano: Penetrar com
um foco guerrilheiro através das florestas ao sudoeste da ilha, aos pés da
Sierra Maestra e espalhar a revolução, contando com o apoio popular e dos
camponeses que "sobrevivem" miseravelmente"ali".
Então, em dois de dezembro de 1956, Fidel e "Che"
Guevara lideram um grupo de 82 combatentes a bordo do iate Granma, vindo do
México, que atraca no sudeste da ilha. Todavia, o iate Granma com seus 12
metros, 82 homens, armas, mantimentos e medicamentos encalham encalha, um tanto
próximo da praia, o que fez com que os homens fossem a nado para praia já
amanhecendo e levando tiros da guarda costeira cubana. Resultando na perda de
armas, mantimentos, medicamentos e principalmente de pessoal, restando apenas
22 homens para a tão sonhada revolução.
Com isso, o grupo teve que praticamente recomeçar do zero, sobrevivendo
e se reestruturando. Estando em território desconhecido, tiveram o apoio dos
camponeses que os alimentavam e orientavam na floresta. Do outro lado, estava o
governo que condenava a morte que fosse pega ajudando os rebeldes. Pois
Fulgêncio pouco se importava com o motivo, ele se importava em espalhar que os
rebeldes é que eram os bandidos e que a população não deveria se envolver com
eles; assim, eram comuns os casos em que a pessoa acusava o vizinho devido a
vinganças particulares, tais como questões pessoais e econômicas.
Assim, a M-26-7 teve que se apressar na busca por armas, dinheiro e
pessoal. Utilizando uma comunicação através de rádio, conhecida como Rádio
Bemba (Sistema de Rádio Rural), Fidel redigia artigos, assinava
contratos e planejava táticas.
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Desenvolvimento e Fim
Tendo em mente de que ainda eram muito fracos, os revolucionários sempre
estavam em movimento, evitando o inimigo e fazendo emboscadas, utilizando o
método de ataque "bate e corre". O que fez com que eles obtivessem
sucesso causando certo dano e algumas vitórias parciais.
Vivendo no limite, passando inúmeras vezes fome, sem saber oque vai
comer no dia seguinte, havia de tempos em tempos a abertura de permissões para
aqueles que não suportando mais iriam desertar. Porém, quem deserda-se fora
dessas concessões seria morto, pois sabia demais do Movimento.
Crescendo e se fortalecendo, os rebeldes recebem o apoio dos guajiros,
denominado o camponês; analfabeto e humilde, negro, mulato ou branco, chapéu de
palha e pés descalços, que estavam insatisfeitos com a miséria que viviam e
sabendo do real objetivo dos guerrilheiros, se juntavam a coluna ou guiavam-nos
pelos caminhos perigosos. Então, qualquer espaço conquistado pelos rebeldes,
era dividido entre os pobres e denominado Terra Livre.
Devido ao seu crescimento, as colunas deixaram de pedir comida e abrigo
para os camponeses e passaram a se instalar nas matas produzindo seu próprio
alimento, artigos de couro para os soldados e um jornal da floresta, muito por
iniciativa de Ernesto Guevara "Che".
Em um período de dois anos, embora a maioria das vezes estivesse em
desigualdade, os guerrilheiros foram empurrando as tropas inimigas para trais
de suas linhas. Então, conforme o número de cidades dominadas pelos rebeldes
crescia, os embates ficavam cada vez mais ferozes e violentos. Fulgêncio sabe
que o cerco se fecha e que deveria tomar atitude imediata. A coluna de
"Che" toma a segunda cidade e caminha para a capital, assim como a de Camilo
Cienfuegos, personagem de extrema importância para a Revolução.
Torna-se evidente a vitória, quando rumo a capital os rebeldes abordaram
e tomaram um trem blindado lotado de material bélico, última força de Fulgêncio
contra os revolucionários. Devido à retirada das forças do governo, no dia
01/01/1959, o M-26-7 chegou enfim a capital Havana para a última batalha. O
então presidente Fulgêncio Batista já havia fugido do pais com sua cúpula
corrupta na madrugada anterior. A elite das forças armadas e a burguesia também
já haviam abandonado o pais, sabendo disso, o povo pega em armas e entra em
conflito com as últimas forças existentes e atiradores de elite.
As tropas rebeldes são recebidas como heróis na cidade. O personagem
barbudo e malvestido já era conhecido pela população, durante os anos que durou
a guerrilha. Foram valorizados a barba e o cabelo grande perante a TV e a moda
em Cuba, nesses anos. Foi dado o nome de Fidel e Ernesto a muitas crianças.
(Fonte: Infoescola/Brasilescola/ Google Imagens)
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